Meu faz tudo | Parte Um | Conto Erótico Quente
- Contos Eróticos sado
- 1 de abr. de 2022
- 8 min de leitura

A chuva fina e insistente cai no meu telhado fazendo um delicioso barulho relaxante que me fazia pensar em ficar o dia todo naquela cama aconchegante. Eram quase nove horas numa manhã de sábado, minha libido estava a mil, um enorme desejo por sexo percorria todo meu corpo, a minha vagina pulsava sem que eu a tocasse.
Levantei-me da cama pois não poderia ficar ali o dia toda, aquela casa precisava de uma reforma geral, estava com vários defeitos, inclusive o quarto maior, o qual eu iria ficar. Ainda não havia organizado a casa ao meu gosto, tudo parecia deformado. Fui para a cozinha e vi que a geladeira estava vazia, meu estomago já contorcia de fome, portanto, peguei o celular e disquei um número. Em questão de segundos uma voz do outro lado da linha respondeu:
— Alô.
— Oi, bom dia, é do mercadinho do seu Francisco certo?
— Bom dia senhora, exatamente, é o próprio Francisco quem fala, como posso lhe ajudar?
— Tudo bem seu Francisco? Sou a professora que passou outro dia aí, o senhor meu deu o número e disse que fazia entrega caso eu precisasse.
— Oi professora, fazemos entrega sim, pode fazer o seu pedido.
— Estou sem nada aqui, com essa chuva não quero sair. Bem, eu quero uma cuba de ovo, um bolo, de laranja de preferência, me manda umas três caixas de leite e....— continuei a pedir os itens que eu precisava para abastecer minha dispensa.
— Certo, já está tudo anotado professora, não demoro a lhe mandar, mais alguma coisa?
— Ah sim seu Francisco, como o senhor sabe, eu me mudei há pouco tempo, essa casa precisa de vários reparos, tem uma goteira no meu forro, nem estou dormindo no meu quarto, a cerca está quebrada, o fogão de lenha está com um probleminha também, enfim, tem muitas outras coisas, dá trabalho para um mês todo. Se o senhor conhecer alguém que faça esse tipo de serviço manda vir aqui, ainda hoje se possível, para pelo menos dar uma olhada. Tem coisas que dá para ajeitar na parte interna da casa mesmo, já que hoje está chovendo.
— Tudo bem professora, vou lhe enviar suas compras e vou pedir para um rapaz passar aí com você ainda hoje.
— Obrigada, se puder agilizar a entrega, ainda não tomei café da manhã.
— Em vinte minutos chaga professora.
— Obrigada.
Sou professora pelo estado, portanto, a qualquer momento podem me enviar para qualquer cidade pequena ou interior, e tenho que ir. Dessa vez me mandaram para uma cidadezinha pequena do meu estado, o local é bonito, cidade toda arrumada com pessoas legais, uma dessas pessoas é o seu Francisco, dono de um supermercado local, conversei com ele e a esposa dele quando estava me mudando, eles me deram o contato para caso eu o precisasse mandaria entregar as compras. Não fiquei no centro da cidade, preferi escolher uma casa mais afastada, até porque uma das escolas que dou aula está localizada fora da cidadezinha há quarenta minutos de carro, ficando até mais próximo para mim. Na cidade dou aula a noite apenas, 3 vezes na semana. Encontrei uma casa para alugar por um bom valor, a corretora me falou que os donos queriam alugar pois a casa fica parada e eles quase nunca vem na cidade, pois trabalham em outra região, tem casa na capital e uma rotina intensa. A casa é muito bonita, tem três quartos, dois deles na parte de cima, cozinha, sala, escritório pequeno e uma salinha que fiz biblioteca, em cima tem mais dois espaços e uma varanda.
Embora a casa fosse uma graça, haviam muitos danos internos e externos, pois ninguém usava há meses segundo a corretora me falou, isto me levou a querer arrumar a residência para ficar confortável. Eu precisava ajeitar umas coisas e não estava afim de fazer o serviço com as próprias mãos, afinal sou meio preguiçosa e tenho muitos planos de aula e trabalhos das escolas para me ocupar sempre, além de outros trabalhos que excede a profissão de aula, como administrar uma página no Instagram, Youtube e Facebook voltada a aulas on-line direcionada a escrita especialmente, como correção e revisão de textos e outros trabalhos. Só fico bem se estiver uma agenda lotada.
Passou um pouco mais de vinte minutos e um carro se aproximou da propriedade.
— Uau, finalmente.
Meu estomago já gritava de fome.
O carro parou e aguardei do lado de dentro, esperei baterem na minha porta, levou uns quatro minutos e um “TOC, TOC” soou. Me direcionei a porta e abri, fui receber minhas compras.
— Olá, bom dia, tudo bem? Vim deixar suas compras. — Falou o homem parado a me olhar.
— Bom dia, tudo bem! Obrigada, deixa eu pegar...
— Está um pouco pesada. — O cara respondeu.
— Tudo bem, eu dou conta.
— Ah, eu vim também porque o seu Francisco disse que a senhora estava precisando de uns serviços.
— Sim, sim. Estou mesmo, então é você quem vai fazer o serviço. — Comentei.
— Se você permitir sim. — Ele sorriu.
— Então entre, eu vou tomar café ainda e depois eu digo o que preciso.
— Tá ok, deixa eu levar essas sacolas pra dentro.
— Humrum. — Aceitei.
O homem me olhou de cima para baixo, fiquei sem graça, estava com meia colorida, calça de moletom e uma blusa de mangas longas e largas, usando óculos de grau. Meu grau não é muito, mas ao acordar já ponho logo os óculos, pois a tela do celular irrita minha retina. O problema não foi só ele ter me olhado, fiquei boquiaberta porque o cara era um tesudo lindo de tirar o fôlego de qualquer mulher. Se meu apetite sexual estava alto, depois de ver aquele gostoso usando apenas aquela camisa de magas longas aberta e uma regata branca por baixo, minha vagina pulava dentro da calça, já que eu não estava vestindo calcinha. Perdi até a fome, se ele quisesse eu o comia no café da manhã.
Entramos e ele deixou minhas compras em cima da mesa.
— Pode se sentar aí, vou só fazer algo para o café. — Sorri.
— Tudo bem, não se preocupe. Então, você é professora? — Ele perguntou para puxar assunto.
— Sou sim. Meu nome é Amanda, e qual seu nome mesmo?
— Cristian.
— Eu gosto desse nome, bonito.
— Obrigada Amanda, satisfações afinal.
— Igualmente.
— Estas gostando da cidade?
— E uma boa cidade, não tive a oportunidade de conhecer bem ainda.
Enquanto conversávamos eu fiz panqueca de banana, embora eu seja relativamente magra, como igual uma leoa faminta, afinal faço bastante atividade física, incluindo correr muito.
— Vamos tomar um café, você terá uns trabalhos para fazer hoje, se quiser começar já, vai precisar estar com energia. — Comentei séria.
— Eu já comi algo, mas aceitarei, não farei desfeita. — Christian brincou.
Ele elogiou minhas panquecas, comi o bolo junto com o leite, fiz um café preto que ele tomou também, enquanto eu falava sobre ter vindo para a cidade e da casa que estava com alguns problemas. Quando terminamos de tomar café, o levei para ver o forro.
— Está chovendo aqui, o telhado deve estar estragado.
Fomos para o lado de fora e continuei:
— A casinha do cachorro está com a porta quebrada, eu quero que ajeite também.
— Então a senhora tem cachorro.
— Pode me chamar de você, não sou senhora, não tenho marido ainda. Tenho um cachorro sim, o Pluto, ele vai vir no mês que vem, não deu para trazê-lo dessa vez.
— Desculpe foi apenas uma forma de respeitar.
— Eu entendi. — Sorri. — Ah, não sei se você faz isso, mas a grama tá um matagal aqui no, me incomoda muito essa grama alta, tem um cortador ali. Se você conhecer alguém que corte o mato manda vir aqui, preciso deixar essa casa em ordem. Esse fogão aqui, está chovendo nele, deve ser apenas uma goteirinha, outro problema é a cerca, está quebrada, mas não vamos ver agora, pois está chovendo. Na parte interna, a descarga de um dos banheiros está fraca, a parede está feia, pensei em pintar e emassar, isso até que faço, o problema é eu encontrar tempo, talvez eu deixe para você também. E aí, dá para começar hoje a fazer algo? E me faça o orçamento também, de tudo.
— Bem Amanda, parece que tenho serviço para um mês ou mais. — Ele falou arqueando a sobrancelha e sorrindo num canto da boca bem rápido.
Meu Deus do céu, o homem é muito lindo, precisei manter a postura para não dá em cima, era quase impossível ficar perto dele e não sentir-se tentada a flertar.
Naquele dia Cristian iniciou pela descarga, pia e mais outras coisas pequenas que não dá para contar, pois como disse, eu queria mudar a casa toda, desde a cor da parede. Enquanto o homem trabalhava eu fazia meu trabalho, larguei para fazer o almoço antes do meio dia. Quando se aproximou das doze horas, o bonitão me chamou e falou que precisava ir almoçar e voltar depois, prontamente me adiantei:
— Tudo bem, eu fiz almoço, se você quiser almoçar aqui não tem problema, aliás, você pode almoçar aqui se não se importar, depois pode dar uma pausa para descansar e voltar ao trabalho, lugar para relaxar é o que não falta nessa casa de campo, pode usar o Wi-fi. Não sei, é apenas uma sugestão, você fica à vontade para decidir.
— Honestamente não me importo em almoçar, aliais falta pouca coisa para finalizar por hoje.
— Ótimo, vamos almoçar então.
Almoçamos enquanto conversávamos sobre a casa e nossas vidas, fiquei sabendo que ele morava com os pais, ficava maior parte do tempo só em casa, e que naquele dia inclusive, ele iria almoçar na rua, pois como estava em minha casa não pode fazer a própria comida.
— E porque você não estudou, ou você estudou um curso de nível superior por exemplo? — Quis saber.
— Eu estudei sim, para ser honesto, morei parte da minha vida aqui e parte na cidade, um ano estudava lá e outro aqui, meus pais são aposentados, tem uma casa legal aqui e em outros locais. Me formei em administração, mas antes disso cursei história, dei aula como professor por pouquíssimo tempo, não conclui meu mestrado por uns problemas aí, trabalhei na área de administração, investi em um negócio digital, deu certo e ganhei muito dinheiro, mas com o tempo só queria saber de farra, drogas, álcool e tudo que tinha direito. Um dia em uma dessas voltas da festa eu e mais dois amigos sofremos um acidente terrível, fiquei quinze dias no hospital, por sorte sai inteiro, fraturando o braço, levei pontos em várias partes do corpo, mas saí vivo, já um dos meus amigos não teve a mesma sorte, infelizmente morreu naquele dia. Desde o acidente nunca mais fui o mesmo, comecei a declinar no trabalho que eu tinha, resolvi parar com drogas de modo geral, fiz terapia por muito tempo e meu negócio foi declinado até que parei totalmente, peguei o dinheiro que sobrou e guardei, vim para o campo pois não via mais graça na cidade. Nesse local comecei a ajeitar algo aqui e ali quando alguém precisava, vi que podia ganhar uma grana com isso e não quis mais outra coisa, pelo menos estou muito bem até o momento.
— Uau, história interessante, muito intensa para ser honesta.
— Pois é, as vezes o passado nos molda totalmente.
Naquele dia ele finalizou o trabalho e foi embora, eu fiquei ali pensando naquele homem e na sua história. Como alguém larga uma vida estável para viver de faz tudo? Enfim, era o melhor para ele, cada um com seus problemas e suas escolhas. De uma coisa eu tinha certeza, o homem era tesão puro.
Commenti